Por que o bebê morde as próprias mãozinhas?
É bastante comum que os pais ou responsáveis percebam o bebê mordendo suas próprias mãozinhas em diversos momentos do dia. Esse comportamento, além de ser frequente, geralmente levanta muitas dúvidas sobre o que ele pode significar. Seria fome? Algum desconforto? Ou apenas um ato de curiosidade? A resposta envolve múltiplos fatores e está intimamente ligada ao desenvolvimento natural do bebê. Aqui, explicamos as principais razões por trás desse hábito tão fofo, mas que gera questionamentos.
1. O desenvolvimento sensorial
Uma das principais motivações para o bebê morder as próprias mãos está relacionada ao seu desenvolvimento sensorial. Os recém-nascidos exploram o mundo, inicialmente, principalmente por meio da boca. Essa etapa faz parte de um período chamado “fase oral”, que acontece nos primeiros meses de vida e é um marco do desenvolvimento infantil. Ao levar as mãozinhas à boca, o bebê reconhece texturas, temperaturas e descobre mais sobre si mesmo.
Esse comportamento não é apenas normal, mas essencial. A boca, de fato, é uma das áreas mais sensíveis do corpo nos primeiros meses de vida. Morder as mãos ajuda o bebê a descobrir os próprios limites corporais e a entender que suas mãozinhas fazem parte do seu corpo.
Para aprender mais sobre o desenvolvimento motor e sensorial do bebê, confira o Guia do Desenvolvimento Psicomotor, que esclarece etapas fundamentais do crescimento infantil.
2. Fome ou busca por conforto
Muitos pais têm a impressão de que quando o bebê coloca as mãos na boca, ele está com fome – e, em alguns casos, essa associação está correta. Morder as mãos pode ser um indicativo de que o bebê está com necessidade de se alimentar, especialmente se esse comportamento ocorre próximo dos horários das mamadas. Portanto, se o seu bebê demonstrar essa e outras ações, como choro ou inquietação, pode ser um bom momento para oferecer o peito, a mamadeira ou a comida, dependendo de sua idade.
Além disso, o ato de morder as mãozinhas pode ser uma forma de aliviar o desconforto emocional. Bebês buscam maneiras de se acalmarem, e alguns encontram essa tranquilidade ao levar as mãozinhas à boca. Esse gesto auxilia na autorregulação e no conforto pessoal.
Se você deseja mais dicas sobre cuidados com os pequeninos, não deixe de conferir nosso guia completo de cuidados com o bebê.
3. Nascimento dos dentes
Por volta dos quatro a seis meses de idade, muitos bebês começam a apresentar o surgimento dos primeiros dentinhos. Durante esse período, é natural que eles sintam irritação ou coceira nas gengivas, e levam as mãos à boca como forma de aliviar esse incômodo. Em alguns casos, essa “mordida” nas próprias mãos pode vir acompanhada de salivação excessiva.
Nessa fase, facilitar o conforto do bebê é fundamental. Oferecer mordedores ou realizar massagens na gengiva são alternativas excelentes. Estas práticas ajudam a aliviar essa sensação, bem como promovem uma rotina mais tranquila.
Você também pode aprofundar seus conhecimentos em estratégias de alívio para os pequenos, como massagens para melhorar o sono e reduzir desconfortos, acessando nosso Guia da Massagem do Sono.
4. Desenvolvimento emocional e independência
Pouco reconhecido, mas igualmente importante, é o papel emocional desse comportamento. O bebê, ao levar as próprias mãos à boca, exerce um dos primeiros atos de autonomia no que diz respeito à forma como interage consigo mesmo. Trata-se de um gesto simples, mas extremamente poderoso para a construção de sua independência futura.
Esse hábito também está relacionado à noção de segurança emocional. A ação repetitiva de morder as mãos pode tranquilizar os pequenos e ajudá-los na construção de rotinas de conforto. Portanto, encorajar um ambiente amoroso onde o bebê se sinta seguro é sempre a melhor forma de contribuir com seu desenvolvimento emocional.
5. Quando se preocupar?
Embora morder as mãos seja um comportamento natural e saudável na maioria dos casos, é importante estar atento a sinais que possam indicar algum problema subjacente. Se o bebê estiver mordendo as mãos de forma excessiva, causando feridas, ou apresentar irritação constante, pode ser necessário buscar orientação de um pediatra.
Além disso, alguns distúrbios do desenvolvimento, como no diagnóstico do autismo, podem incluir gestos repetitivos semelhantes. Nesses casos, a avaliação de especialistas é essencial para um acompanhamento correto e cuidadoso.
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A maternidade e os cuidados com os bebês trazem consigo dúvidas e desafios. Por isso, estar bem informado é fundamental. Se você deseja aprender mais sobre desenvolvimento infantil, comportamento e saúde, explore materiais complementares como:
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